quinta-feira, 2 de junho de 2016

PRECISO DESPIR-ME


Que vontade de despir-me dessa tristeza
Despir-me também desse desencanto
Talvez assim eu tivesse mesmo certeza
Que poderia por um fim nesse meu pranto

Observando hoje o mundo ao meu redor
Sinto que há muito, dele já não faço parte
Perdi da vida todo encanto, tudo ficou pior
Quando pela minha estrada um dia passaste

Quantos sonhos perdidos pela existência afora
Quantas desilusões em muitas lágrimas vertidas
Tudo se perdeu no tempo... No tempo do agora
E de tudo só me restou uma alma triste... Ferida

Um sorriso as vezes escapa sem eu perceber
Talvez seja a esperança que não cansa de insistir
Talvez ainda possa, lá adiante existir um você
Que me fará lembrar que nunca se deve desistir

Desistir de ter novos e lindos sonhos, quem sabe?
Ou mesmo pelas minhas estradas da vida retroceder
Mas na verdade receio que o peso da minha idade
Me faça sonhar outra vez, tão somente com você




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