terça-feira, 13 de novembro de 2012

AS ESTAÇÕES DA MINHA VIDA


No dia em que eu nasci
Nada quiseram me prometer
Nem festas nem mesmo alegrias
Mas sempre dispus de cada entardecer
E do surgir de cada novo dia...

Com o tempo eu fui crescendo
E também nenhuma promessa me foi feita
Mas cada coisinha que eu ia descobrindo
Me fazia ver que a vida não era perfeita
E muito cedo eu me vi fingindo...

A adolescência atrevida me chegou
E dela eu nada procurei saber
Mas também, nada pra mim importava
Mas foi a partir daí que tive que  entender
Que muitas coisas meu coração  machucava

A primavera na minha vida lentamente chegou
E o desabrochar da flor teve o seu início
Longe estava eu de sentir ou pensar
Que tudo poderia se tornar num precipício
Desses que derruba, mesmo quando se tenta esquivar

O verão da minha existência a flor murchou
Já não havia brilho nem beleza pra se ver
Já não existia mais viço, nem beleza nem cor
O outono em minha vida me fazia entender
Que me seria caro as promessas de um falso amor

Pois chegasses como grande engano e ilusão
E foi ai que o inverno se fez mais frio e tenebroso
Me deixando o direito de existir e nunca o de viver
Nunca mais  entendi o real significado de amoroso
Tudo porque um dia acreditei sermos só um: Eu e você

Você que não deixou que a primavera
Fizesse parte desse meu existir
Pois o outono se fez rápido despetalando meus sonhos
O inverno abrigou minha alma cansada de se iludir
E hoje ainda choro nesses versos que componho

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