terça-feira, 14 de agosto de 2012

ME CURVANDO À VIDA




Me curvo forçosamente à vida
Mesmo que dela  nada possa entender
Mas a minha alma caprichosa e atrevida
Parece disposta a nada por mim fazer

Minha existência em blocos vejo se dividir
Mas nem todos blocos os sentimentos traduz
Já que em muitas situações nada consigo sentir
Há bloqueio na minha alegria e peso na minha cruz

Viver em busca de algo que faça sentido
Fugindo das dúvidas que só me põem medo
As vezes até penso que já não existo
Pois não há esperanças para o que vejo

O que será dessa minha tão louca existência
Que em fugazes se tornam minha alegria?
O tempo nunca nunca teve para comigo clemência
Da vida nada tive de meu para abreviar minha agonia

Antes fosse a falta de alegria a minha dor maior
Mas receio que bem mais cruel seja a desilusão
De quem nunca consegue piedade ou mesmo dó
Que consiga apaziguar a tormenta do meu coração

Hoje, nessa manhã tão fria de agosto
Meu semblante se faz mais triste e fechado
agonizando ante os cruéis desgostos
Que vez por outra conseguem ser relembrados

Um comentário:

Marco A. Alvarenga disse...

Tua alma é vida,
Os teus medos incertezas,
E tua agonia desmedida,
Sem sentido tuas tristezas,
Pois és poeta e por mim querida!


Mrco Antonio de Alvarenga