domingo, 10 de abril de 2011

Cada Copo Que Sorvo


Nesse momento sentada numa mesa de bar
Meu olhar baço, até parece nada ver
Na alma um silêncio gélido quase sepulcral...
Levanto o copo, e ao entorná-lo, consigo perceber
O gosto amargo da bebida prestes a me sufocar
Então as lágrimas vêm e as consigo segurar
E nun sorriso triste me vejo a mascarar
Essa saudade imensa de você...

Lá fora a chuva cai muito forte
Mas dentro de mim, uma tempestade maior tento acalmar
E ao olhar o fundo do copo, parece até que me vejo
Porém meu semblante, com dificuldades consegue disfarçar.
Então penso que seria até bom uma embriagues
Quem sabe eu conseguiria de uma vez
Assassinar dentro de mim essa minha insensatez
Que não tenho conseguido de dentro de mim arrancar

Calmamente bebo um copo, depois outro
Na esperança dessa solidão me abandonar
Mas enquanto eu bebo vou pensando em você
E em todos os meus sonhos que não pude realizar
E entre tantos goles e alguns pensamentos
Vou tentando afogar todos os meus tormentos
Mas infelizmente todos esses lamentos
Não têm conseguido de nenhuma forma me ajudar

E cada copo que sorvo aumenta meu cálice de fel
E mesmo assim não me esforço em parar
Então me lembro da amargura daquele favo de mel
Que um dia com amor me desses para saborear
E foi de uma maneira tão perfeita e sem igual
Que eu de um jeito quase angelical
Absorvi todos os seus princípios e moral
Sem nunca pensar em lhe questionar

E hoje na tentativa de aliviar meus sofrimentos
Busco um jeito qualquer para tentar esquecer
Essa dor que até hoje de feri-me ainda insiste
Mas vejo como é inútil eu a isso querer
Pois nada consegue me dar mais alento
Que essa esperança absurda que eu penso
Verei chegar de volta e não será nas asas do vento
O meu maior sonho, que é simplesmente você

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