quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Versos Sem Brilho


Já tendo a alma quase morta
Suspiro perdida em meio aos sonhos
Buscando por algo que já nem importa
Pois nem mesmo sei o que ainda componho

As vezes são versos sem brilho e tristes
Onde até a saudade do nada ainda me fascina
E essa tristeza que quieta ainda resiste
Ela sempre vem aflorando na surdina

E o meu coração se angustia, desconsolado
E diante do meu mundo perdido, chora
E sinto que é a dor dos desesperados
Que por um pouco de amor ainda implora

Já foram jovens, meu corpo e a minha mente
E em minha existência também houve flores
Mas também foi por meio de pouca gente
Que eu vim a conhecer as primeiras dores

Primeiro veio entristecer-me a desilusão
Que abraçou-me de modo cruel e sorrateira
Depois alojou-se em mim a terrível solidão
Que tem me acompanhado pela vida inteira

E hoje os muitos respingos de tristezas
Que ensombreia sem dor a minha alma
Vai tirando de mim toda a firmeza
Que no tempo susteve a minha calma

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