terça-feira, 12 de outubro de 2010

Único Alento


Um grande sonho estou realizando
Mas o que fazer com os que não consegui
Continuarei em surdina com eles sonhando
Ou adormece-los fingindo que os esqueci

Mas se continuo com eles sonhando terei forças
Para acalentá-los sem contudo os esquecer
Pois com certeza eu seria muito mais louca
Se os podasse não os deixando florescer

Então eu teria a minha vida transformada
E entre tristezas e mágoas eu me afogaria
Pois como eu poderia esquecer o quanto fui amada
Se isto mataria de vez a fonte da minha alegria

Não se deve nunca sufocar os sonhos e as verdades
Destruindo razões e limitando os sentimentos
Seria até cruel cometer mais esse ato de maldade
Com que se contenta em viver apenas de fingimentos

Não... Não se deve nunca cometer insanidades
Em nome talvez de uma grande alienação
Ainda consigo abrigar meus sonhos da mocidade
Único alento para esse meu tão sofrido coração

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