segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Levianamente


O que foi que eu fiz com a minha vida...
Deixei-a passar... Levianamente joguei-a fora
Me perdi entre tantas opiniões divididas
E hoje percebo que nada fez sentido,até agora

O inverno da minha vida se fez frio e tenebroso
Salpicando de branco os meus escuros cabelos
O outono arruinou minha tez de modo doloroso
A primavera que se avizinha me mantem fora do espelho

E eu sei que o verão já não mais se fará para mim
Este já se pôs e foi bem antes do meu entardecer
E temerosa eu sinto já se aproximar o meu fm
E este para mim será triste, pois estou longe de você

Da minha infância guardei as mais suaves lembranças
E a minha adolescêncis foi de certo modo bem natural
Mas foi agora na minha velhice que perdi as esperanças
De finalmente ter esquecido uma juventude que me foi fatal

E foi dessa maneira que eu vi a vida por mim passar
A minha jornada foi feita sempre de poucas alegrias
Pois foi fingindo que eu pude conseguir me salvar
De não sucumbir de vez nas minhas infelizes agonias

Abrindo meus olhos vejo que a vida há muito amanheceu
Mas o destino por mim o fez muito cedo entardecer
E foi a sua ausência da minha vida que logo anoiteceu
Apagando a luz da existência que pensei ao seu lado viver

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