sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Toque Banal


Uma vez mais a saudade
Bateu forte aqui em meu peito
E o som cotidiano da cidade
Lembra outros momentos, não tem jeito

Relembro cada noite, tão sossegada
Onde ficávamos a jogar conversa fora
E era sempre nas mesmas paradas
É como se tudo eu fosse viver agora

E hoje, observando enquanto a chuva cai
Penso em cada chuva que por nós passou
São lembranças fortes que de mim não sai
Foi um tempo que no tempo pra mim parou

Foram algumas, sofridas tempestades
Onde o ombro amigo muito contou
E fomos vovendo as vezes em ansiedades
Mas tudo que passamos muito nos aproximou

E agora enquanto ouço a chuva cantar
Penso em ti já tão distante de mim
Mas quem sabe também não estás a pensar
o que nesse momento estou pensando enfim

E nesse vazio tão profundo e perturbador
Abraço minha alma tentando num afago simples
Suavizar essa estúpida carência de um amor
Num toque mesmo banal, sem nenhum requinte

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