segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Esperanças


A saudade que me invade
É por vezes monótona
E quase traiçoeira...
Há sons que me entorpecem,
Cheiros que me enlouquecem
E visões que me perturbam,
Há desejos que me torturam
E dore que já nem doem...

Há resquícios de morte
Nos braços da vida
Que inevitavelmente
Aniquila minhas esperanças
Exterminando meus sonhos
E povoando a minha mente
Com sobras do muito que um dia
Eu deixei de viver
Por alguma razão...

Embalando-me nos adormecidos
Braços da saudade
Sinto meu interior despertando
Para o antes
Na inútil tentativa de adormecer
No agora
Para de alma livre
Acordar
E viver o depois.

Quem sabe
Talvez eu conseguisse sorrir
Para a alegria
Aceitando o novo dia
Que por fim surgisse
E só assim,
Só assim eu adormeceria
A saudade
E acordaria feliz por fim

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