sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Emoções


É frustante essa inquietude
Reinante em meu espírito
As emoções se embaralham
Turvando-me o raciocínio
Aprisionando-me
Nos braços desesperados
Da inconstância.
Ferve em minha veias
O palpitar ardente
De tudo quanto foi
E mais ainda
De tudo que não fomos...
Não vivemos...
Embarga-me os soluços gritantes
Da imensidão que povoa minha mente
Do sorriso parco que aflora
Em meus lábios
Do desespero que atormenta minh'alma
Da saudade que me leva ao extase
Num arrebatamento inconfundível
De viver o nada...
Amar o nunca...
Esperando pelo jamais...
A emoção que nasce em meu olhar
Traz o sabor do que se foi
A virtude do que não se encontra
A esperança do ansioso...
A loucura que arrebatou sôfrega
A minha sanidade
Preciso reviver para poder viver...
Não quero nunca mais pensar
Num nunca mais...

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