terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Noites de insônia



Não dá para dividir com ninguém
O que hoje tenho retido na alma
E não há nesse mundo um alguém
Que possa devolver minha calma

E nas longas noites de insônia
em vão tento as mágoas afogar
E quase sem nenhuma cerimônia
Te vejo do meu pensamento brotar

Ansiosa fico vendo-o tomar forma
Se materializando diante de mim
E sinto tudo se transformando
E sem receios me abraças por fim

E me perco em teus braços vencida
E vou me enroscando sem nenhum pudor
E sinto essa tua boca muito atrevida
Me falando as maiores loucuras de amor

E assim me entrego já quase que tonta
Embriagada no imenso calor dessa paixão
E me enlaças me deixando quase que pronta
Para juntos deixarmos explodir nossa emoção

E somos arrebatados por um quase desmaio
Sentindo do nosso desejo a plena realização
Mas é como se fosse tão somente um ensaio
Pois repetimos várias vezes essa emoção

Mas sendo real ou sonho, o ensaio acaba
E me perco outra vez nos meus devaneios
E como triste consolo a mão que me afaga
Parece que já se perdeu em outros anseios

E mais uma vez o meu sonho também tem fim
Dando lugar a uma outra triste versão
Pois continuas muito mais distante de mim
Fazendo sangrar sozinho meu pobre coração

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