domingo, 21 de dezembro de 2008

Inútil Tentativa


Mesmo tão inquieta percebo estar parada
Com os pensamentos em constante vai e vem
Da vida observando o tudo e vendo o nada
E sentindo que do ontem,muito pouco hoje tem

Também nem sei se entendo o que agora digo
Talvez muito pouco eu consiga compreender
Contudo eu sinto que o pouco que registro
Amanhã,eu terei por certo que vou esquecer

E nesse vento forte e sempre tão constante
Que entra pela janela sem licença me pedir
Ronda esse quarto com lembranças abundantes
Lembranças essas que de lembrar até esqueci

De olhos cerrados sinto o ontem que me chega
Nas lembranças esquecidas tão sem nostalgias
E sinto o quanto a minha alma muito deseja
Apagar para sempre o que nunca foi alegria

E de olhos fechados nessa inútil tentativa
De enterrar de vez muito do que se passou
Percebo ser vã toda essa minha investida
De sepultar para sempre o que quase me matou

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