sábado, 8 de novembro de 2008

Alienada


Muitas vezes quando angustiada
Ouço impassível a voz da razão
E percebo que me sinto aniquilada
Ao não conseguir atender meu coração

E nesse desespero me sinto alienada
Desejando motivos para voltar a sorrir
E perdida assim em meio a tanto nada
Sempre busco um meio para de tudo fugir

E sinto mais uma vez as lágrimas brotar
Revolvendo minha alma ferida de dor
E percebo como elas vêm para me consolar
Pois não deixam eu esquecer do meu amor

E envolvo-me sempre mais nesse sonho
Onde minha alma frágil se deixa alienar
Por esse desejo que cresce assim medonho
Só tem aumentado bem mais o meu pesar

E sempre que me perco em cada passo
Que tantas vezes dou perdida e sem razão
Aumenta mais o desejo de nos teus braços
Viver cada segundo dessa inerente paixão

E mesmo que eu nada ainda possa dizer
Que seja um pouco mais do que eu deva
Não adianta fingir um certo não querer
O que na alma bem sei, já a tenho presa

E que seja este hoje o meu triste castigo
Pois querendo-te assim eu não o esqueço
Mas eu bem sei que és para mim proibido
E se sonho contigo em teus braços desfaleço

E continuas sendo o maior dos meus desejos
Quero o meu corpo em teu corpo aquecer
Sentir a loucura dos tão sonhados beijos
E poder intensamente essa história viver

Quem dera que aquela boca tão desejada
Me disesse o que busco sempre ouvir
Mas receio que dessa boca tão adorada
Não sairá o que eu tanto desejo sentir

Se ao menos no tempo voltar eu pudesse
Não haveria receios d'eu vir a te tocar
E não existiria quem na terra pusesse
Tanto amor a prova sem ao menos recear

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