sábado, 27 de setembro de 2008

Tristeza Indelével


Eu li uma história de dor em seus olhos
Vi uma tristeza indelével pairando
Por sobre esse olhar tão triste
Que na hora de me dizer adeus
Tinha as cores desmaiantes do crepúsculo.
Havia sombras escurecendo a paisagem de sua alma,
Como havia sombras em meu olhar que tinha a placidez
Dos lagos adormecidos entre a ramagem densa...
Um dia nos dissemos adeus...
Minhas mãos tremiam, meus lábios emudecidos
Balbuciaram palavras de tormento e angústia.
Minha alma chorava e tremia de frio...
Tremia de frio porque sabia que você ía para longe,
Longe de mim, do meu toque, da minha vida...
Fiquei só, senti o gosto amargo da solidão
Os dia pesados de tédio vieram...
Talvez dentro do seu coração,
Tudo tenha morrido pouco a pouco,lentamente...
Todos os sonhos... todos os momentos de recordações...
todas as horas de saudades... Tudo. Tudo se foi...
E quando o tempo branquear nossos cabelos,
Quando já velhinhos, talvez com a memória
Já quase morta, eu ainda haverei de lembrar
Da cor de sonhos dos seus olhos... e em pensamento,
Mirando a sua face, perguntarei ansiosa...
Por que você me esqueceu? Por que me deixou morrer dentro
da sua saudade?
E guardarei comigo a resposta que jamais virá...

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