sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Frágil Existência


A cada toque do teu calor, sinto-me morrendo lentamente.
A cada carícia tua, mesmo inebriante pelo orvalho da manhã,
Sinto que a minha existência se esvai pouco a pouco,
Pois ela é efêmera como todas como eu.
Tenho o brilho e a cor da vida,
Tenho o perfume suave e delicado que exala do meu corpo,
Mas que todo ele se vai, mesmo que pouco se note,
Mas ele haverá de se desprender de mim.
E a minha existência embora curta,
Agrada aos olhos e aos sentidos.
Sempre que amanhece o meu delicado corpo se banha
Com os orvalhos que deslizam lentamente
Até o mais íntimo do meu ser.
E é no frescor da minha tênue existência que tu vens surgindo.
Vens surgindo de mansinho como todo amante carinhoso...
Mas as horas vão se passando e o teu calor acariciante
Vai se tornando uma tortura para mim,
E eu não terei muitas chances de sobrevivência ao me sufocares
Com a tua frágua prepotência sobre a minha solitária e carente vida.
Tuas carícias irão pouco a pouco exterminar a minha delicada
E tão passageira vivência.
E muito rápido começarei a definhar,
Pétala por pétala verei se desprender de mim
E você com o seu calor irá contribuir para ceifar a minha tão curta vida.
Até que só reste uma haste murcha e uma cocola seca.
Mas quem sabe não consiga eu ter um fim um pouco diferente
E me veja transformada em uma exsicata.

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