quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Espòrtula

Em seus olhos havia um mistério oculto,
Eliminado pela sua alma
E que em vão ela lutava para não esgarçar,
Mas os fragmentos das recordações
Só lhe mostravam ser inútil.
A saudade de um toque,
De uma carícia lhe acompanhava pela vida a fora.
O vento das lembranças lhe traziam á mente
A suave brisa daqueles inesquecíveis afagos...
Os sonhos voltavam a povoar a sua mente,
Fazendo-a esquecer
Dos ansiosos momentos perdidos.
Já não existia argumentos para tentar se enganar,
Pois aquele profundo sentimento na verdade
Não passara de uma espórtula,
Doada de maneira cruel pelo destino.
Os infinitos momentos
De angustiantes espera
Que lhe haviam sido tão amargos,
Ainda continuavam
Mesmo após ter descoberto
Que as migalhas daquele amor
Não íam além de insignificantes esmolas
De uma já extinta paixão.

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